Sejuf apoia a etapa paranaense da Copa dos Refugiados 27/05/2019 - 11:30
A etapa paranaense será realizada nos dias dia 24 e 25 de agosto, com times de futebol formado por imigrantes e refugiados. A seleção campeã ganhará a taça e uma viagem ao Rio de Janeiro para disputar a final nacional, que será realizada no Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã), em setembro. “Já temos quatro equipes inscritas e nossa meta é chegar a oito”, conta o coordenador da Política Pública para Refugiados, Migrantes e Apátridas da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), João Guilherme de Mello Simão.
O local dos jogos ainda está sendo definido. Além do torneio em si, o evento terá palestra e roda de conversas sobre refúgio e passeios e brincadeiras com crianças refugiadas.
A Copa foi apresentada pelos representantes da ONG África do Coração, Jean Katumba e Munir Jarour Khadouj Makzum, aos integrantes do Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas do Paraná (Cerma) e para o secretário Ney Leprevost – que oficializou o apoio da pasta ao evento. “A Sejuf é sempre parceira no combate ao racismo e à xenofobia. No governo Ratinho Junior, não compactuamos com a exclusão e trabalhamos por todos, inclusive as minorias”, disse Ney.Participaram ainda da reunião Barbara Ezequiel, da ONG; o padre ortodoxo Samaan Nazri; e a representante da Organização Internacional das Migrações (ONU), Nerissa Farret.
As inscrições podem ser feitas neste link.
Desde que foi inaugurado, em 2016, o Centro recebeu registros de mais de 40 nacionalidades, com destaque para Haiti, Cuba, Síria e Venezuela. São populações que vivenciam crises humanitárias motivadas por tragédias naturais ou crises políticas, como o terremoto que atingiu o Haiti em 2015, as ditaduras enfrentadas por venezuelanos e cubanos e a guerra civil síria, que começou em 2011.
Para o secretário da Sejuf, Ney Leprevost, o papel do Estado é oferecer condições dignas para que essas pessoas consigam, no Brasil, uma nova oportunidade. “As 28 etnias que colonizaram o Estado nos séculos XIX e XX – alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses entre eles – trouxeram na bagagem seus costumes e tradições e ajudaram a construir o Paraná de agora. Hoje, são outros povos que buscam abrigo aqui. Muitos migrantes estão fugindo de governos ditatoriais ou de situações de calamidade pública e extrema pobreza. Aqui, temos a missão de encaminhá-los para assistência jurídica, mercado de trabalho e atendimento socioassistencial”, diz Leprevost.
Considera-se refugiado a pessoa que deixa o seu país de origem devido a fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos.
Conselho - O Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas (Cerma-PR) é vinculado à estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), com caráter consultivo e deliberativo. Auxilia na implementação e fiscalização das políticas públicas voltadas aos direitos dos refugiados e migrantes, em todas as esferas da Administração Pública do Paraná, visando à garantia da promoção e proteção dos direitos dos refugiados, migrantes e apátridas.
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SERVIÇO:
Mais informações sobre a Copa no site http://africadocoracao.org/