A secretaria da Justiça, Família e Trabalho vai entregar 20 mil cestas básicas prover a segurança alimentar emergencial de 10 mil crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, em especial aquelas com deficiência, pelo período de dois meses.  Os recursos, da ordem de R$ 2,4 milhões,  foram viabilizados pelo Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (Cedca), cuja deliberação foi publicada nesta segunda-feira (11/05) no Diário Oficial do estado.

 “Com o isolamento social imposto pelo Governo do Paraná para evitar a propagação do Coronavirus, muitas instituições especializadas foram fechadas e muitas crianças e adolescentes com deficiência encontram-se em situação de vulnerabilidade econômica e social, com dificuldade de acesso à segurança alimentar, visto que são dependentes da alimentação fornecida na instituição e, ainda, com o agravante de seus familiares  terem sido afastados das atividades laborais  durante este período de isolamento social”, explica o secretário Ney Leprevost.

Serão beneficiadas famílias cujas crianças e adolescentes frequentam o ensino fundamental nas escolas especiais conveniadas com a Secretaria de Estado da Educação, bem como da Rede Estadual de Ensino e as coirmãs. 

Todas as famílias beneficiadas já foram cadastradas no banco de dados da Secretaria de Estado da Educação, que tem informações sobre a situação social de cada uma. “Foram priorizadas crianças e adolescentes (até 18 anos) de famílias de alta vulnerabilidade econômica e social, em especial os que possuem famílias que estão impossibilitadas de executar atividades laborativas, os com maior grau de dependência dos familiares e os com a saúde mais debilitada”, explicou Felipe Braga Côrtes, Chefe do Departamento de Políticas para Pessoas com Deficiência.

A entrega das cestas às famílias será feita pelas equipes das Escolas Especializadas, em conjunto com a Defesa Civil e, quando necessário, com acompanhamento por representantes dos Escritórios Regionais da Sejuf e do Departamento de Políticas para Pessoas com Deficiência. “O encaminhamento das cestas básicas para as instituições especializadas será realizado utilizando como critério o estudo realizado  pelo Departamento de Políticas da Pessoa com Deficiência, que leva em consideração o índice de Desenvolvimento Humano - IDH dos municípios, índice de propagação do COVID19 em cada município, capacidade de atendimento das instituições especializadas e equipamentos municipais que disponibilizam os benefícios eventuais’, destacou Côrtes.

Para a presidente do Cedca, Ângela Mendonça, o repasse de recursos para o atendimento emergencial de crianças e adolescentes com deficiência e em situação de vulnerabilidade está em conformidade com o Decreto Estadual nº 4230/2020, que estabelece situação de emergência pela pandemia do COVID-19.  “Serão 20 mil cestas básicas compostas por aproximadamente 20 quilos de alimentos cada, 2 kg de feijão preto ou em cores, 2 latas de óleo de soja, 2 kg de macarrão tipo espaguete, 2 kg de farinha de trigo, 5 kg de arroz, 2 kg de açúcar, 2 kg de leite em pó integral, 3 pacotes de bolacha maisena, 1 kg de amido de milho, 400 gramas de achocolato em pó,1 kg de fubá e 1 kg de sal’, informou.