A prevenção ao suicídio foi o tema da discussão da reunião ordinária mensal do Conselho Estadual da Juventude, em alusão ao Setembro Amarelo. “Queremos informar os jovens sobre o suicídio, a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos”, explicou André Avelino, presidente do Conselho.

O secretário Ney Leprevost, da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), a quem o conselho é vinculado, lembra que o mês de setembro chegou ao fim, mas a campanha pela prevenção do suicídio deve continuar de forma permanente. “É importante que sociedade, família, amigos, escola e grupos de trabalho, estejam atentos aos menores sinais e preparados para discutir o tema” disse.

Para o professor de filosofia Edmar Brígido, da Unicuritiba e Faculdade Vicentina, o século 21 tem sido pautado pela solidão e ausência de laços afetivos. “As pessoas têm milhares de amigos em redes sociais e estão sempre sozinhas”, disse ele, lembrando que o suicídio não tem uma única causa, mas vários fatores, dentre eles a doença mental associada à depressão, que são motivos de risco para o suicídio.

A professora Dione Maria Menz, mestre em psicologia da Universidade Federal do Paraná, explicou que o suicídio é uma questão antiga, mas nem sempre  tratado tão abertamente como deve ser. “Segundo dados recolhidos em 2016 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 940 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos. Números que poderiam ser evitados ou reduzidos consideravelmente se existissem políticas eficazes de prevenção do suicídio”, disse ela.

Setembro amarelo

A cor amarela foi escolhida para representar o mês da prevenção ao suicídio em referência ao jovem Mike Emme, um adolescente americano que se suicidou aos 17 anos, conhecido por ter um Mustang 68 amarelo. Em 1994, ele tirou a própria vida e, infelizmente, os mais próximos não reconheceram os sinais. No funeral, amigos e familiares distribuíram fitas amarelas que tinham uma mensagem gravada: se você precisar, peça ajuda.

No Brasil, o Setembro Amarelo foi instituído em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).