Depois de dois dias de disputas, a seleção da Colômbia sagrou-se a grande campeã da etapa paranaense da Copa dos Refugiados e Migrantes 2019. Na grande final, realizada neste domingo no estádio do Pinhão, os colombianos venceram os representantes da Argentina nos pênaltis, após empate por 1 a 1, e representarão o estado do Paraná e seu país de origem na etapa final no Maracanã (Rio de Janeiro) com os vencedores de cada estado.

Os jogos começaram no sábado, no Centro Politécnico da UFPR, com oito equipes formadas por imigrantes e refugiados de Haiti, Venezuela, Argentina, Colômbia, Congo, Nigéria, Bolívia e Peru. No domingo, a competição virou uma festa latina: apenas times do continente passaram às semifinais, realizadas no Estádio do Pinhão, em São José dos Pinhais.  

“Estamos muito felizes e podem ter certeza que vamos representar muito bem o Paraná e a Colômbia no Rio de Janeiro”, disse o goleiro Jonathan, capitão colombiano.

Já estão classificados para a etapa final as seleções de Guine (Brasilia), Líbano (Porto Alegre), Cabo Verde (Recife) e Angola (Rio). A etapa de São Paulo definirá o sexto classificado para as finais, dias 15 a 17 de novembro, no Rio.

Integração - Promovida pela primeira vez em Curitiba, a Copa do Mundo dos Refugiados é realizada desde 2014 no Brasil com o objetivo de promover a integração social dos migrantes e refugiados.  O evento é promovido pela ONG África do Coração com apoio institucional da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM). E, na etapa paranaense, da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho Governo do Paraná.

Para o secretário da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, que deu o pontapé inicial da partida final, a Copa é mais que uma mera competição. “É uma excelente oportunidade de encontro entre os povos que escolheram Curitiba para viver, de integração e congraçamento, além de boa oportunidade para os curitibanos conhecerem os representantes destas nações que agora são nossos vizinhos”, disse.

Coordenador-geral do projeto, o refugiado sírio Abdulbaset Jarour, da ONG África do Coração, comemorou o sucesso dos jogos. “A Copa, além de futebol e de promover a integração, é um projeto de cidadania que mostra que somos iguais em todo o mundo. Nosso maior objetivo é acabar com o preconceito, o racismo, a xenofobia, o ódio e integrar os povos, homens, mulheres. Crianças e jovens. Seres humanos que precisam viver com dignidade no país onde estiverem, no Brasil e em todo o mundo. Só posso agradecer ao povo do Paraná, especialmente de Curitiba, e todos os apoiadores em especial o governo do estado pelo apoio", finalizou.