Centro de Socioeducação de Cascavel passa a atender meninas em conflito com a lei 02/01/2023 - 11:12
O Centro de Socioeducação Cascavel I, no Oeste do Paraná, passou a ser uma unidade feminina. A mudança amplia a capacidade de atendimento a meninas em conflito com a lei, que até então era realizado apenas no Cense Joana Richa, em Curitiba. O início da nova atividade foi nesta semana, marcada por uma solenidade.
O espaço foi entregue em 2019 e, até então, atendia a meninos que cumpriam medidas socioeducativas provisórias. Segundo a chefe do Departamento de Atendimento Socioeducativo (Dease) da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), Lídia Ivone Ribas, o fato de ser uma unidade nova exigiu poucas adequações para esta mudança de atividade.
“Ter uma segunda unidade permite que as meninas sejam atendidas mais próximo de seus locais de origem, o que possibilita uma proximidade maior com familiares durante o período de cumprimento das medidas”, explicou Lídia. “Infelizmente, o atendimento feminino ainda está abaixo do ideal porque tínhamos apenas a unidade de Curitiba. Assim, a nova unidade também representa uma expansão do sistema de socioeducação”.
Leonaldo Paranhos, prefeito de Cascavel, também destacou a importância da inauguração. “Foi um trabalho em equipe muito grande, e somos muito gratos pelo esforço do Governo do Estado em realizar essa alteração. Destaco também a participação do Judiciário, das equipes municipais, todos os envolvidos no projeto merecem o reconhecimento”, afirmou.
A capacidade total da unidade é para até 40 adolescentes e jovens, sendo 10 vagas para medidas provisórias e 30 para internações. O contingenciamento atual limita a cinco meninas no provisório e 15 na internação. As primeiras jovens em conflito com a lei que cumprirão suas medidas socioeducativas na unidade já chegaram. São seis garotas que estavam no Cense Joana Richa, em Curitiba.
ESTRUTURA – A alteração nas atividades do Cense Cascavel I não prejudicam o atendimento de jovens em medida socioeducativa de Cascavel e Região. Isso porque a unidade Cascavel II tem capacidade máxima de atendimento de 78 pessoas e vai receber os jovens que estavam cumprindo as medidas provisórias na unidade que agora é feminina.
“Cascavel II já foi construída em um projeto mais ampliado. Com isso, abre a possibilidade da ampliação para as meninas sem a necessidade de construir uma unidade do zero. Agora serão realizados processos de adequação indicados pelo judiciário para deixar o Cense 100% dentro das características ideais”, explicou a diretora do Dease.