O Departamento de Atendimento Socioeducativo da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho do Paraná (Sejuf), promoveu, de forma on-line, a Oficina de Rap ‘Permita que eu fale’. O evento contou com a participação dos educandos de 13 Unidades Socioeducativas do Estado do Paraná e elegendo como campeões os adolescentes do Centro de Socioeducação de Foz do Iguaçu. Na segunda colocação ficaram os adolescentes da unidade de Ponta Grossa. 
 
O projeto, idealizado no Centro de Socioeducação (Cense) de Londrina, teve como foco promover um ambiente dinâmico dando espaço para que os adolescentes inseridos no sistema socioeducativo pudessem contar suas histórias, retratar sua realidade, mostrar sua cultura, transferir e agregar conhecimento, tendo no Rap uma ferramenta democrática e criativa para desbravar as potencialidades dos educandos e construir um ambiente interativo dentro da unidade. 
  
De acordo com o secretário da Sejuf, Ney Leprevost, “é fundamental oportunizar as ações socioeducativas que conduzam os adolescentes ao acesso aos direitos e ao exercício de sua cidadania de maneira politizada, consciente e informada, permitindo aos envolvidos, transitar de forma autônoma e protagonista nos destinos de sua vida, desvinculando-os do conflito com a lei”. 

De acordo com o chefe do Dease, David Antônio Pancotti, a oficina propôs um cenário e uma linguagem que fizesse sentido para a reflexão, a enxergar melhor a si e o mundo que o cerca, a buscar outros caminhos. Batalhamos contra as grades, mesmo que no momento elas possam "gritar" entre nós. As grades dos preconceitos, opressões, estigmas e paradigmas que muitas vezes arrastamos como uma bagagem que não é nossa, que não faz mais sentido carregar”, esclareceu. 

Várias autoridades da área da Infância e Juventude prestigiaram o evento, como o assessor da presidência do TJ-SP, Dr. Iberê, a juíza de Direito da Vara de Adolescentes em Conflito com a Lei do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Londrina, vice-presidente do Fórum Estadual de Juízes da Infância e da Juventude do Estado do Paraná e idealizadora do Projeto Falando Sobre Socioeducação, Dra. Cláudia Catafesta, o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), José Wilson de Souza, a vice-presidente do Cedca, Ângela Mendonça, o coordenador do Núcleo da Infância e Juventude da Defensoria Pública do Estado do Paraná – NUDJI, Bruno Müller Silva e a presidente da Comissão da Criança e do Adolescente –OAB, Dra. Bruna Saraiva.

Censes – Os Centros de Socioeducação (Censes) hoje contam com 559 vagas, pois houve contingenciamento como medida preventiva a contaminação por COVID-19. A taxa de reinternação, que são aqueles que reincidem na faixa etária de 12 até completar 18 anos, e voltam para as Unidades, é de 1,96%, ou seja, 8 adolescentes reinternados.

(Via Assessoria de Imprensa – Luiz G. Mazza Neto).